-
A Política Externa dos EUA para a China
Publicado em 05/03/2023 às 12:09 12Sun, 05 Mar 2023 12:09:49 +000049.por Pedro Costa Júnior
“O ciclo, que é interminável, se desenvolve do desequilíbrio para o equilíbrio e daí novamente para o desequilíbrio. Cada ciclo, contudo, conduz a um nível mais alto de desenvolvimento. O desequilíbrio é normal e absoluto, enquanto o equilíbrio é temporário e relativo.” Mao Tsé-Tung
A Política externa norte-americana, neste século XXI, apresenta dois pilares estruturantes muito bem definidos. Ambos partem de uma agenda bipartidária consensual, de republicanos e democratas. O primeiro, de caráter estrutural, pautado no “excepcionalismo histórico”, a saber, a crença fundamental de que não existe nem pode vir a existir nem uma nação acima dos Estados Unidos em termos de poder no Sistema Internacional. O que se traduz em uma política deliberada de sua supremacia militar inconteste. O segundo, intimamente ligado ao primeiro, é a contenção da China nas disputas pelo poder global no Sistema Mundial Moderno.
Os Estados Unidos demoraram demasiadamente para perceber o tamanho do desafio chinês. Foi tão somente neste século que começaram a despertar, tardiamente, para o elefante na sala.
Foi só no o governo Obama/Biden, que se intenta uma reformulação na política externa americana, para priorizar não mais o Médio Oriente, entrementes o “desafio asiático”. A China, naquele momento, era um desafio evidente como sol do meio-dia. O então presidente democrata formulou assim, o “pivô para Ásia” e a “Aliança para o Pacífico” (TPP). Ambos fracassos retumbantes. O pivô asiático não saiu do papel porque os Estados Unidos não conseguiram sair do Oriente Médio. As “Guerras Gêmeas”, no Afeganistão e Iraque, se tornaram infinitas. Posteriormente, veio a “Guerra na Líbia”, o Iraque da Hilary. E ainda a “Guerra na Síria”, humilhante para o governo Obama. Além do surgimento do grupo terrorista ISIS. Tudo isto, no contexto da Primavera Árabe. Já o TPP (Trans-Pacific Partnership), o tratado de livre comércio que reuniria os EUA e as principais encomias da Ásia e do Pacífico, numa tentativa clara de isolar a China, foi implodido pelo governo Trump.
A Política Externa de Trump foi marcada por um isolacionismo arrogante. Com o desprezo às “Organizações Multilaterais” e até mesmo a aliados tradicionais dos EUA, como Alemanha e França. No entanto, foi na administração Trump que se iniciou a nominada “Guerra Comercial a China”. A partir da eleição de Trump, em 2016, formou-se um consenso no Departamento de Estado dos EUA, sejam democratas, sejam republicanos, militares, políticos, congressistas de alto e baixo escalão, secretários de Estado, diplomatas, think tanks, diversas universidades e grupos de pesquisa, intelectuais a serviço do Estado, jornalistas e a mídia em geral, etc… que o grande desafio dos EUA não são mais o “terror” ou “terrorismo”, e sim, a China, e que é preciso contê-la tenazmente.
O governo Biden/Harris, após a desastrosa retirada dos EUA do Afeganistão, começou finalmente a realizar o outrora esboçado pivô para o Pacífico, a fim de conter a expansão da China. Biden passou a movimentar as peças no tabuleiro geopolítico. Criou o “QUAD” (Parceria Quadrilateral sobre Segurança entre Estados Unidos, Índia, Austrália e Japão), e posteriormente, a “AUKUS”: uma aliança de cooperação tecnológica e militar, envolvendo Estados Unidos, em conjunto com Reino Unido e Austrália. Ambos, uma evidente estratégia de contenção da China no Indo-Pacífico.
Um ponto decisivo na reorganização da geopolítica do poder, que está ocorrendo no sistema-mundo, é o envolvimento umbilical dos EUA na “Guerra da Ucrânia”. O enfrentamento à Rússia alcançou proporções sistêmicas, implicando as grandes potências globais, o que desencadeou no estreitamento de uma “aliança sem limites” sino-russa – que acabou de completar um ano neste mês de fevereiro – segundo Henry Kissinger, o pior dos cenários para a Política Externa Americana.
Os dois países anunciaram uma aliança de nível superior e sem precedentes na história do Sistema-Mundo: “As novas relações interestatais entre Rússia e China são superiores às alianças políticas e militares da época da Guerra Fria. A amizade entre os dois Estados não tem limites, não há áreas ‘proibidas’ de cooperação”, diz o documento.
O Governo Biden deu passo decisivo na contenção ao poder chinês. A “Guerra Tecnológica” contra a China. Biden divulgou um amplo conjunto de controles de exportação que proíbem as empresas chinesas de comprar chips avançados. As recentes sanções dos EUA contra a China são sem precedentes nos tempos modernos. Autoridades dos EUA falaram sobre a medida como um ato a fim de proteger os interesses de segurança nacional. Os chips que os Estados Unidos tentam controlar são semicondutores, os processadores que movem celulares, carros autônomos, computação avançada, drones, equipamentos militares – e se tornaram essenciais para a disputa tecnológica desta década.
Em síntese, a gestão Biden não só continuou a “Guerra Econômica” com a China, iniciada por Trump, como a elevou a uma “Guerra Tecnológica” e ainda a uma “Guerra Humanitária”, bem ao estilo dos democratas. Trata-se de um caminho sem volta.
Pedro Costa Júnior é doutorando do Departamento de Ciências Políticas (DCP) da USP e autor do livro “O Poder Americano no Sistema Mundial Moderno: Colapso ou Mito do Colapso?”, Curitiba: Appris, 2019.
Texto publicado originalmente em: Observatório de Geopolítica do Jornal GGN: A Política Externa dos EUA para a China, por Pedro Costa Júnior (jornalggn.com.br)
-
PROGRAMAÇÃO – XVI Colóquio Internacional em Economia Política dos Sistemas-Mundo
Publicado em 21/11/2022 às 07:36 07Mon, 21 Nov 2022 07:36:09 +000009.PROGRAMAÇÃO ATUALIZADA
Formato Híbrido
UFSC | CSE | Auditório do Centro Socioeconômico & Zoom
Acesso presencial e virtual mediante inscrição
5 de dezembro de 2022
8h15-8h30 Sessão de abertura 8h30-10h00 Apresentação de artigos: China no Mundo Desenvolvimento na abordagem de Giovanni Arrighi e da análise dos sistemas-mundo: a ilusão desenvolvimentista
William Alecsandro de Melo Duarte (Unesp)
Relações Sino-africanas e seu impacto no desenvolvimento econômico africano
Beto Infande (UFSC)
O lobby do empresariado privado na China e no Brasil: uma comparação com base nos condicionantes da economia-mundo capitalista
João Leonardo Akihito Mitsuse (UFSC)
Debatedora: Daniela Santos Nunes de Rodrigues (UFSC)
10h30-12h00 Apresentação de artigos: China e acumulação mundial A China como novo centro dinâmico no deslocamento do eixo econômico do Ocidente para o Oriente
J. Renato Peneluppi Jr. (HUST)
Olívia Bulla (UFABC)
China como contrincante semi-periférico: recuperando el Estado en el análisis de sistemas-mundo
Luciano Moretti (IHUCSO-UNL-CONICET)
Joel Sidler (IHUCSO-UNL-CONICET)
Víctor Ramiro Fernandéz (IHUCSO-UNL-CONICET)
O que move a China de Xi Jinping, poder ou riqueza?
Ana Carolina Mascarenhas (UFRJ)
Matheus Vasini (UFRJ)
Debatedor: Bruno Hendler (UFSM)
12h00-13h45 Hora do almoço 14h00-15h30 Conferência (em espanhol): El nuevo doble movimiento: Política y desigualdad en el siglo XXI (Sessão Exclusivamente Remota) Roberto Patricio Korzeniewicz (University of Maryland)
Mediador: Helton Ricardo Ouriques (UFSC)
6 de dezembro de 2022
8h30-10h00 Apresentação de artigos: Leste Asiático, América Latina e Cultura O salto sul coreano na economia-mundo capitalista: a inovação tecnológica como foco da industrialização
Brenda Caroline Geraldo Castro (UFSC)
As inserções do Brasil e da Coréia do Sul na cadeia global de valor automotiva: um estudo comparado através da perspectiva sistêmica.
Gabriel Sebben Tadiello (UFSC)
Apontamentos para um estudo sistemático de SVOD´s: uma análise da plataforma Netflix
Luiz Felipe Baute (Unicamp)
Debatedor: Gustavo Gatto Gomes (UFSC)
10h30-12h00 Conferência (em inglês): The Social Foundations of World Hegemonies: Past and Future Beverley J. Silver (Johns Hopkins University)
Mediador: Carlos Eduardo Martins (UFRJ)
12h00-13h45 Hora do almoço 14h00-15h30 Conferência (em inglês): Clash of empires: from “Chimerica” to the “New Cold War” Ho-fung Hung (Johns Hopkins University)
Mediador: Pedro A. Vieira (UFSC)
16h00-17h30 Tópicos avançados em Análise dos Sistemas-Mundo II* Trajetórias divergentes: a América Latina e o Leste Asiático na Economia-Mundo Capitalista
Pedro A. Vieira (UFSC)
Helton Ricardo Ouriques (UFSC)
Fabio Padua dos Santos (UFSC)
A importância da América Latina para a recentralização da Ásia no sistema-mundo
Carlos Eduardo Martins (UFRJ)
Mediador: Eduardo Mariutti (Unicamp)
19h00 Confraternização 9 de dezembro de 2022
10h00-11h30 Tópicos avançados em Análises dos Sistemas-Mundo I* (Sessão Exclusivamente Remota) Sub-imperialismo: uma aproximação de conjuntura?
Antonio Brussi (UnB)
Estados Unidos, China e a questão do imperialismo: um modelo de análise e dois caminhos
de pesquisa.
Bruno Hendler (UFSM)
Mediador: Jales Dantas da Costa (UnB)
Realização
Grupos de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo.
Apoio
UFSC, Centro Socioeconômico, Departamento de Economia e Relações Internacionais e Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais.
-
Trabalho Aceitos – XVI Colóquio Internacional em Economia Política dos Sistemas-Mundo
Publicado em 16/11/2022 às 07:38 07Wed, 16 Nov 2022 07:38:52 +000052.Lista de trabalhos aceitos
A China como novo centro dinâmico no deslocamento do eixo econômico do Ocidente para o Oriente
Renato Peneluppi Jr. (HUST)
Olívia Bulla (UFABC)China como contrincante semi-periférico: recuperando el Estado en el análisis de sistemas-mundo
Luciano Moretti (IHUCSO-UNL-CONICET)
Joel Sidler (IHUCSO-UNL-CONICET)
Víctor Ramiro Fernandéz (IHUCSO-UNL-CONICET)O que move a China de Xi Jinping, poder ou riqueza?
Ana Carolina Mascarenhas (UFRJ)
Matheus Vasini (UFRJ)Desenvolvimento na abordagem de Giovanni Arrighi e da análise dos sistemas-mundo: a ilusão desenvolvimentista
William Alecsandro de Melo Duarte (Unesp)Relações Sino-africanas e seu impacto no desenvolvimento econômico africano
Beto Infande (UFSC)O lobby do empresariado privado na China e no Brasil: uma comparação com base nos condicionantes da economia-mundo capitalista
João Leonardo Akihito Mitsuse (UFSC)O salto sul coreano na economia-mundo capitalista: a inovação tecnológica como foco da industrialização
Brenda Caroline Geraldo Castro (UFSC)As inserções do Brasil e da Coréia do Sul na cadeia global de valor automotiva: um estudo comparado através da perspectiva sistêmica.
Gabriel Sebben Tadiello (UFSC)Apontamentos para um estudo sistemático de SVOD´s: uma análise da plataforma Netflix
Luis Felipe Baute (Unicamp)Estados Unidos, China e a questão do imperialismo: um modelo de análise e dois caminhos de pesquisa.
Bruno Hendler (UFSM) -
Chamada de trabalhos – XVI Colóquio Internacional em Economia Política dos Sistemas-Mundo
Publicado em 23/08/2022 às 06:26 06Tue, 23 Aug 2022 06:26:48 +000048. -
The World System in transition: a panoramic view
Publicado em 04/08/2022 às 10:03 10Thu, 04 Aug 2022 10:03:30 +000030.Sob organização do professor Chalers Pennaforte e publicado pela UFPel, este livro é uma obra coletiva escrita por pesquisadores de Relações Internacionais que buscam compreender a atual dinâmica de transformação do sistema mundial por meio de uma análise do relativo declínio dos Estados Unidos em diversos campos (econômico, político, geopolítico e ideológico) e suas consequências sobre o sistema interestatal. Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi, entre outros teóricos, fundadores da World System Analysis (WSA), já apontavam mudanças na economia mundial desde o século XX. Após a euforia provocada pela queda do bloco socialista (1989) e o conseqüente fim da URSS (1991), o sistema mundial passou a ser encabeçado pelos Estados Unidos, país que encontrou um cenário favorável para a consolidação de uma economia liberal sob o comando de uma Pax Americana. Em 2008 o sistema mundial foi afetado pela crise econômica mais importante até agora, com seu epicentro em Wall Street. Desde o início do século XXI, com o mundo passando por diversas crises, vivenciamos, entre outras coisas, o ressurgimento geopolítico da Rússia, a consolidação da China como ator econômico, geopolítico e tecnológico, bem como os BRICS, cuja consequência se reflete na agressividade de Washington (Donald Trump - 2017/2021) no enfrentamento desses desafios. É importante dizer que a China era o principal alvo do ex-presidente norte-americano. A ascensão da China como concorrente direto dos Estados Unidos no Ciclo Sistêmico de Acumulação e o surgimento dos BRICS (apesar de muitos problemas conjunturais enfrentados por alguns de seus membros), juntamente com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), por exemplo , indicam um processo de transição do eixo financeiro do sistema mundial. Outro elemento que merece destaque é a pandemia de Covid-19, que tem afetado o mundo inteiro, impactando de forma relevante a economia mundial, com efeitos reais de longo prazo que ainda não foram medidos.
-
Immanuel Wallerstein: Celebrating his Life and Legacies
Publicado em 04/08/2022 às 08:57 08Thu, 04 Aug 2022 08:57:17 +000017.Wednesday, August 10, 2022 Royce Hall (3rd floor), UCLA
**Please RSVP here. The conference is free and open to the public, but registration is required so that we know who is planning to attend. (Please note: If you did not previously RSVP, it is too late to reserve a boxed lunch or guarantee food/drink at the reception.)
10:00-11:15 AM - Plenary I: “Old Heads” Discuss Immanuel Wallerstein’s Theoretical & Empirical Contributions to Social Science
Organizer and Presider: Chris Chase-Dunn (University of California Riverside)Panelists: Craig Calhoun (Arizona State University)
Randall Collins (University of Pennsylvania)
John W. Meyer (Stanford University)
Saskia Sassen (Columbia University)
Jonathan Turner (University of California Riverside)11:30 AM-1:00 PM - Concurrent Sessions
World-Systems Analysis and Political Possibility
Presider: Tanya Golash-Boza (UC-Merced)Toivo Asheeke (Georgia State Univ.), ““Wapiganyi Wauhuru, Azanian Black Nationalism and African Liberation”
Paul Gellert (Univ. of Tennessee), “The Continuing Salience, Place, and Potential of the Semiperiphery: Against the Global South or Postcolonial"
Chungse Jung (Binghamton Univ.), “Antisystemic Movements in the global South: Beyond the Eurocentrism Typology”
Alysa Mugavero (UC San Diego) and Tom Reifer (Univ. of San Diego), “Overcoming the “Two Cultures” and Struggles for Alternative Futures: Immanuel Wallerstein’s Quest for the Good, the True, and the Beautiful, and the Challenges of the 21st Century”
Devparna Roy (Nazareth College), “Global Citizens? Or Citizens of the World-System to Come? Caste, Colonialism, and Citizenship Regimes in India”The Development of Immanuel Wallerstein's Thought and Method
Presider: Lu Zhang (Temple University)Elson Boles (Saginaw State Univ.), “Wallerstein’s Cultural Turn”
Paul Ciccantell (Western Michigan Univ.) Spencer Potiker (UC-Irvine), David Smith (UC-Irvine), Elizabeth Sowers (CSU-Channel Islands) & Luc McKenzie (UC-Irvine), “From Africa to Amazon.com: Creating Peripheries Using Racialized Labor From the 16th Through the 21st Centuries”
Timothy Moran (Stony Brook, SUNY), “World Systems Analysis: Wallerstein's Methodological Intervention”
Gregory P. Williams (Univ. of Northern Colorado), “From Africa to the World: The Sources of Wallerstein’s The Modern World-System”1:00 -2:00 PM - Lunch on site
2:00-3:30 PM - Plenary II: Wallerstein Students Reflect on the Fernand Braudel Center
Research Working Groups as a Model for Collaborative Knowledge Production
Resat Kasaba (University of Washington)
Roberto Patricio Korzeniewicz (University of Maryland)
Ravi Palat (Binghamton University)
Beverly Silver (Johns Hopkins)3:30-4:45 PM - Plenary III: Future Directions in World Systems Research
Jenn Bair (University of Virginia)
Manuela Boatca (University of Freiburg)
Kevan Harris (UCLA)
Sefika Kumral (University of North Carolina Greensboro)
Kristin Plys (Univ. of Toronto)4:45-5:00 PM - Reflections from Kathy Wallerstein
5:00-7:00 PM - Reception
The Conference is sponsored by the Political Economy of the World System (PEWS) Section of the American Sociological Association. Co-sponsors include the ASA sections on Labor & Labor Movements, Sociology of Development, Global and Transnational Sociology, Marxist Sociology, Environmental Sociology and Comparative Historical Sociology as well as the UCLA Department of Sociology.
Information on the conference venue and maps can be found here.
Bus option from downtown: You can take the 720 Rapid Transit Bus from 5th and Grand to the Wilshire/Glendon stop in front of the Hammer Museum in Westwood. Campus is a ten-minute walk on Westwood Blvd (you’ll see signs pointing you to campus through Ronald Reagan Hospital).
COVID Protocols: Please be aware that UCLA has a mask mandate in effect. Therefore, we will be asking all participants to wear masks in-doors, though presenters may take off the mask while speaking. Rooms in the conference venue have air circulation technology, and, in general, the UCLA campus will not be very crowded on the day of our event. People will be encouraged to eat their lunch outside, and the final reception will also be outdoors.
-
Introdução à Análise de Dados para Relações Internacionais
Publicado em 02/07/2022 às 16:42 04Sat, 02 Jul 2022 16:42:34 +000034.Curso de Extensão
Introdução à Análise de Dados para Relações Internacionais
Processos de tomada de decisão baseados em evidências têm se tornado cada vez mais recorrentes tanto na iniciativa privada quanto no setor público. Nesse sentido, o curso visa suprir eventuais carências de formação de profissionais e pesquisadores internacionalistas no que tange ao uso de dados quantitativos na construção de análises internacionais e na formulação de políticas públicas no campo das relações internacionais. O curso tem por objetivo geral fornecer aos profissionais e pesquisadores internacionalistas capacitação básica para acessar e a utilizar as principais bases de dados de órgãos multilaterais tais como: ONU, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, OCDE, OIT, dentre outras. E, por objetivos específicos: 1) tornar conhecida as bases de dados disponíveis em nível internacional; 2) desenvolver competências básicas para utilização das principais bases de dados tais como extrair, importar, limpar e organizar os dados, construir modelos relacionais de dados, criar medidas e tabelas dinâmicas e realizar análise exploratória (distribuição, representações gráficas, medidas de tendência central e de variabilidade); e 3) contribuir para a mudança de percepção do profissionais e/ou pesquisadores internacionalista sobre o uso de dados quantitativos no âmbito das relações internacionais.
Conteúdo programático
1. Bases internacionais de dados
2. Extrair dados
3. Importar dados
4. Limpar e organizar dados
5. Construir modelos relacionais de dados
6. Calcular medidas
7. Criar tabelas dinâmicas
8. Explorar dadosInformações
Período de inscrições: de 01/07/22 a 15/07/22.
Período de realização: de 23/08/22 a 26/08/22.
Horário de realização: das 14h às 18h.
Formato: presencial.
Carga horária total do curso: 16 horas (com emissão de certificado).
Gratuito.
Vagas limitadas.Prof. responsável: Fabio Padua dos Santos ()
Realização: Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo
gpepsm.ufsc.br -
Call for paper: Towards a New World Order? The US, China, and the Rise of the Far Right
Publicado em 23/05/2022 às 21:07 09Mon, 23 May 2022 21:07:55 +000055.A Conference Organized by the Sociology Department, Binghamton University, Binghamton, NY
October 21-23, 2022The world-economy is being fundamentally transformed. After the financial crisis of 2008, the Chinese economy has grown dramatically—by some measures it has already surpassed the United States—and Beijing is now flexing its military and political muscle. In February 2022, almost 50 years to the day since President Richard Nixon visited the Forbidden City, President Vladimir Putin and President Xi Jingping signed a pact signaling their resolve to oppose President Joseph Biden’s faltering efforts to revive Cold War alliances. With the collapse and/or transformation of socialist states and social democratic parties, anger and resentment against increasing class and status inequalities has led to the rise of authoritarian and violent populists like Jair Bolsonaro in Brazil, Rodrigo Duterte in the Philippines, Recep Tayyip Erdogan in Turkey, Narendra Modi in India, Viktor Orbán in Hungary, and Donald Trump in the United States and to Brexit. The rise of these new nationalisms and new right movements threaten democratic norms and had led, in the U.S., to attempts to disenfranchise African Americans in many states, and violence against migrants and minorities has also been manifested elsewhere. At the same time, powerful opposition movements—from new trade unions to anti-black racism insurgences like Black Lives Matter and Rhodes Must Fall, through land and farmer movements from India to Zimbabwe, to shack dweller uprisings worldwide—have also with varying degrees of success challenged the new right and state power. In short: the contours, faultlines, and struggles marking the path towards a new global order are increasingly evident.
This conference brings together scholars to address these major contemporary issues:
1. The Rise of China and its implications for a new world order: The growth of China and its increasing investments in Africa and Latin America and its creation of new international financial institutions—the New Development Bank, Asia Infrastructure Investment Bank, the China Silk Road Fund—provides the nucleus for a new financial infrastructure to challenge the institutions dominated by the Atlantic Alliance. The proxy war between Russia and NATO has also initiated elements for an alternate international financial structure that may challenge the dominance of the dollar.
2. A New Fascism? The rise of the new right across the world also signals a political transformation thatmobilizes anger and resentment against deepening inequalities and channels these sentiments against ethnic minorities, migrants, and liberal elites. The demand for a return to a mythical past—"Make America Great Again” (Trump), “France for the French” (Le Pen and the National Front), “Take Back Control” (Brexit), “Our Culture, Our Home, Our Germany.” (Alternative for Germany), “Pure Poland, White Poland” (Poland’s Law and Justice Party), “Keep Sweden Swedish” (Swedish Democrats), Hindu nationalism in India, Amhara nationalism in Ethiopia, Islamic nationalism in West Asia—is distinctive because the base of these movements have been mobilized by its leaders, who in turn are supported by, and are supportive of, big capital. These movements challenge existing structures of government often by furthering the oppression of marginalized populations.
3. Radical responses: The disruption of the Atlantic world order has been equally accompanied by new movements that challenge the new right and repressive state power, most notably by rising racial, ethnic, and gender movements. Rising inequality, precarity, and the power of Northern, white, and male elites has led to new calls that challenge long-existing structures of oppression and marginalization. These range from community-based movements to protect the environment and state-sponsored corporate segregation in housing and anti-Black, anti-Muslim, and anti-Asian racism in Europe and North America, through the decolonization of the state and\nationalist histories across the Global South, to the burgeoning worldwide movements to end police and domestic violence. The disciplining of labor through pressures on social reproduction has also been challenged by new waves of labor mobilizations.
Please send abstracts of 100-200 words by August 10 to ; please address inquiries to
-
Lançamento 2021: Desigualdade, geocultura e desenvolvimento na economia-mundo capitalista contemporânea: Um olhar desde as (semi)periferias
Publicado em 07/04/2022 às 14:30 02Thu, 07 Apr 2022 14:30:11 +000011.Organizado pelo professor Helton Ricardo Ouriques, esta obra é resultado do XIII Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo, ocorrido em Florianópolis em 2019, que teve como temática os Desafios do Brasil e da América Latina na atual Conjuntura da Economia-Mundo. Os artigos aqui reunidos tratam da teoria, do Brasil, da África e da China, discutindo o desenvolvimento, a geocultura e a desigualdade no capitalismo contemporâneo. O GPEPSM (Grupo de Pesquisas em Economia Política dos Sistemas-Mundo), nesse sentido, traz mais uma contribuição acadêmica à reflexão crítica acerca dos processos de ascensão e rebaixamento dos países e regiões na hierarquia mundial do poder e riqueza do capitalismo histórico.
-
15º CBEPSM – The Political Economy of the USA and the Structure of the Millennial World-System
Publicado em 25/11/2021 às 19:53 07Thu, 25 Nov 2021 19:53:33 +000033.15º Colóquio Brasileiro em Economia Política dos Sistemas-Mundo
Palestra: The Political Economy of the United States and the Structure of the Millennial World-System por Salvatore Babones.
Mediação: Bruno Hendler
Realizado dia 25 de novembro de 2021.