XVIIIColóquio

Os trabalhos completos deverão ser enviados até o dia 30.09.2024 para os correios eletrônicos:

ou

A organização do XVIII Colóquio Brasileiro em EPSM divulga a lista dos resumos expandidos selecionados para apresentação.

Solicitamos que os autores atentem para o prazo de envio do trabalho completo: 30.09.2024

RESUMOS EXPANDIDOS ACEITOS

A política externa egípcia sob o governo Al-Sisi: caminhos para a diversificação de parcerias

A transição sistêmica da economia-mundo capitalista e as agitações trabalhistas nos centros de acumulação: tendências comparativas entre EUA e China

Mundo em transformação: o papel do BRICS no atual sistema agroalimentar internacional

A Guerra da Ucrânia como imperativo antissistêmico e suas consequências geopolíticas: o aumento da influência do BRICS

Transição hegemônica no sistema-mundo: o declínio dos EUA e a ascensão da China na África

Sistema-Mundo e cadeia global de valor da soja: uma análise do posicionamento brasileiro no século XXI

A parceria sino-russa no Século XXI e a crise na Ucrânia

Espoliação ou desenvolvimento associado? A dinâmica da União Soviética com o Comecon (1949-1985)

Estados Unidos e China: um estudo comparativo sobre a ascensão de grandes potências no sistema-mundo moderno

O Brasil, a China e o regime alimentar neoliberal/corporativo em crise: uma introdução

As relações centro-periferia no sistema-mundo moderno: uma análise introdutória da crise na região dos Grandes Lagos

Centro e semiperiferia nas cadeias globais de valor da indústria 4.0: as trajetórias divergentes de Coréia do Sul e Brasil

A disputa hegemônica e a transição de poder entre China e Estados Unidos: os casos de Israel e da Arábia Saudita

 Transformações na indústria automobilística brasileira: impactos do avanço chinês para o Mercosul

 Cooperação entre os países em desenvolvimento: Brasil – PALOP

Ascensão ou estagnação? A evolução das posições da América Latina e do Sudeste Asiático no sistema-mundo moderno

A década de 90 no Brasil: uma gota no oceano da hegemonia do sistema-mundo

Transições de poder e riqueza no sistema-mundo moderno e a disputa Estados Unidos – China pela liderança global e por influência na periferia mundial

Dinâmicas sino-brasileiras no cenário global: vantagens comparativas e impacto regional à luz do sistema-mundo

Cadeias globais de valor o Sul Global: o declínio do sistema-mundo neoliberal e a ilusão de um novo paradigma hegemônico

O modelo comportamental de inserção e projeção internacional de grandes potências: uma análise a partir das abordagens chinesas e suas contribuições para o sistema-mundo

Neste episódio do EPICast, Correntes teóricas 13: conjunturas e estruturas do sistema-mundo moderno, o Prof. Bruno Hendler recebe o Prof. Antonio Jose Escobar Brussi, do IPOL-UnB, para falar sobre os seus tempos de orientação com Immanuel Wallerstein, a convivência com outros cânones da perspectiva do sistema-mundo moderno, como Giovanni Arrighi, Andre Gunder Frank, Samir Amin e Beverly Silver, a influência intelectual mútua entre Wallerstein e Fernand Braudel e as divergências de perspectiva entre Wallerstein e Arrighi. Falamos também sobre a interação dessa galera com autores dependentistas latino-americanos como Ruy Mauro Marini, Theotônio dos Santos, Vânia Bambirra e Aníbal Quijano.
Também conversamos sobre os temas de pesquisa do Brussi: semiperiferia, as conjunturas do tempo histórico (a média duração) e o ilícito no sistema-mundo moderno. Neste último tema, falamos sobre como o crime transnacional é inerente ao próprio capitalismo, desde os piratas do Caribe até a pirataria de música no século XXI e que a corrida pelo monopólio da riqueza, e não o monopólio em si, é uma constante na história moderna.
Ouça até o final que vale a pena!

O cenário geopolítico global, a crise de hegemonia dos EUA e os avanços da extrema-direita:  rumo ao caos sistêmico?

Florianópolis, 21 a 23 de outubro de 2024. 

            A conjuntura da economia-mundo capitalista desde o início do Século XXI tem sido marcada pelo ressurgimento da China; pela crise da hegemonia dos EUA, cuja expressão política  aparece na perda de legitimidade e credibilidade dos organismos internacionais, como a própria ONU, em resolver os problemas internacionais; pelas dificuldades econômicas e políticas do bloco europeu; e pela estagnação econômica da maior parte dos países ao redor do globo, em  uma época de baixo crescimento econômico e expansão das desigualdades dentro dos países e entre os países.

            O arranjo político-econômico do neoliberalismo já mostrou seus limites e sua incapacidade para promover uma nova rodada de expansão da acumulação incessante de capital em escala global, ficando os vencedores restritos à finança internacionalizada e aos grandes conglomerados multinacionais. O peso do ajuste econômico, impostos aos países periféricos e semiperiféricos e a segmentos tradicionais das classes trabalhadoras nos países centrais, vem gerando ondas de insatisfação, que não têm sido capturadas, de modo geral, pelas forças progressistas. Pelo contrário, o que temos assistido é  a expansão de uma extrema-direita, com apelos ao nacionalismo, à xenofobia, ao racismo e que, reforçando o neoliberalismo, atacam o que restou do antigo Estado de bem-estar social que, após mais de 40 anos de práticas neoliberais, não consegue mais dar conta das demandas de bem-estar coletivo, incluindo a questão da segurança, ponto crítico explorado pela extrema-direita.

            Do ponto de vista geopolítico, há vários elementos que estão pondo em xeque a liderança dos EUA no cenário internacional. O conflito Rússia – Ucrânia, em parte um episódio da velha estratégia ocidental de contenção da Rússia, vem mostrando a dificuldade de a OTAN alcançar esse objetivo secular. O recrudescimento das tensões com a China, por sua vez, recentemente exemplificada pela guerra comercial e pela questão de Taiwan, coloca na ordem do dia a dificuldade dos EUA lidarem com um potencial adversário que é muito mais do que um Estado, no sentido tradicional do termo, dado que a China tem mostrado capacidades científicas, militares, produtivas e até mesmo políticas para se tornar uma liderança mundial. Nesse sentido, o estreitamento da aliança entre Rússia e China, também estimulada pela opção dos EUA de provocarem o governo Putin no contencioso a respeito da Ucrânia, pode ser mais um elemento que se contrapõe à dominação sem hegemonia dos EUA e, neste, sentido, promotor do caos sistêmico.

            O propósito do XVIII Colóquio em Economia Política dos Sistemas-Mundo é refletir sobre esse cenário geopolítico global, incluindo a questão da expansão da extrema-direita, relacionando esses elementos com o caos sistêmico, no sentido elaborado pelos autores da análise dos sistemas-mundo. Assim, convidamos colegas interessados nesse debate e na própria forma de abordagem do nosso evento a enviarem suas propostas de trabalho, para uma reflexão crítica sobre a conjuntura atual da economia-mundo capitalista.

Cronograma:

Envio dos resumos expandidos: 12.08.2024

Divulgação dos trabalhos aceitos: 21.08.2024

Envio dos trabalhos completos: 30.09.2024

Divulgação da programação do evento: 01.10.2024

Evento: dias 21 a 23.10.2024

Normas para submissão de trabalhos

Resumo expandido

1. Título do trabalho;
2. Informações sobre os(as) demais autores(as), se existirem;
3. Resumo expandido com o mínimo de 2.000 e o máximo de 6.000 caracteres com espaços, que contenha:
   • definição clara do objeto, dos objetivos e da pergunta de pesquisa;
   • síntese da metodologia ou forma de abordagem da pesquisa e suas fontes;
   • principais resultados obtidos (completos ou parciais), de acordo com os objetivos propostos;
4. agência de fomento da pesquisa (se houver) e Instituição de Ensino Superior/Programa de Pós-Graduação ao qual autores(as) seja(m) filiadas(os);
5. lista de referências bibliográficas;

Submeta sua proposta aqui.

Artigo completo

Texto do trabalho, seguindo o formato apresentado abaixo:

1. Formato: PDF
2. Página: A4 (29,7 x 21cm).
3. Limite de páginas: mínimo de 12 e máximo de 20 páginas, incluindo elementos pré-textuais e pós-textuais.
4. Margens: superior 3cm, inferior 2cm, esquerda 3cm e direita 2cm.
5. Fonte: Times New Roman tamanho 12.
6. Espaçamento entre linhas: 1,5cm.
7. Capa, contendo as seguintes informações:
8. Nome do Evento
9. Data e Local do Evento
10. Título do Trabalho em letras maiúsculas e em negrito (Idêntico ao título da proposta aprovada)
11. Nome completo e instituição das(os) autoras(es)
12. Primeira Página contendo:
13. Resumo expandido submetido na inscrição e aprovado e Palavras-chave
14. Apresentação do texto (formato):
15. O arquivo do texto completo a ser submetido deverá alcançar o tamanho máximo de 20 páginas incluindo ilustrações, bibliografia, notas de rodapé, tabelas e paginação.
16. Para as Referências Bibliográficas, utilizar o formato ABNT com tamanho da fonte 11pt.

Realização:
Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo

Dúvidas?

Comitê Científico:
Pedro Antônio Vieira – PPGRI/UFSC
Fábio Pádua dos Santos – PPGRI/UFSC
Carlos Eduardo Martins - UFRJ
Eduardo Barros Mariutti - UNICAMP
Antônio José Escobar Brussi - UNB
Jales Costa Dantas - UNB
Rosângela de Lima Vieira - UNESP
Bruno Hendler - UFSM

Apoio:
Universidade Federal de Santa Catarina
Centro Socioeconômico
Departamento de Economia e Relações Internacionais
Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais

DESASTRES GLOBAIS E SOCIEDADE MUNDIAL:

A DIMENSÃO ECOLÓGICA DA CRISE DO SISTEMA-MUNDO MODERNO

De 25 a 27 de março de 2024

Florianópolis, Brasil | Zoom

Neste episódio Temas contemporâneos 12: Guerra, cibernética e controle da vida no sistema-mundo moderno , o Prof. Bruno Hendler recebe o Prof. Eduardo Barros Mariutti para falar sobre guerra e sociedade na era cibernética. O episódio também conta com a presença do estudante de RI da UFSM, João Paulo Valcanover.

“O capitalismo sempre foi a disputa pelo intangível, a disputa do futuro”. Este é o cerne do papo com o Mariutti, que começa com a história da aviação, as revoluções em assuntos militares e os saltos de tecnologia de dados. Em seguida caminha para uma discussão sobre biotecnologia, biopirataria e disputas por patentes de genótipos e, em última instância, pelo controle de entes biológicos, leia-se, da vida. Mais do que a expansão financeira dos anos 1970 e a disputa geopolítica por blocos de poder, é esse tipo de controle que está em jogo – segundo o entrevistado. Há também uma discussão sobre os rumos do sistema-mundo moderno sob a ótica de Immanuel Wallerstein, compressão espaço-temporal, revoluções populares, resistências ao capitalismo e os impactos do fatídico ano de 1968.
O papo é longo, mas vale à pena ouvir até o fim!