Uma versão preliminar deste artigo foi apresentada no 14º Colóquio Brasileiro de Economia Política dos Sistemas-Mundo, Florianópolis, 10-11 de dezembro 2020. O objetivo deste ensaio é mostrar que desde 1840 até o presente, a China sempre esteve inserida na economia-mundo capitalista (E-MC), que é o sistema social histórico que surgiu na Europa no século XVI e que através da incorporação de áreas externas no final do século XIX já abarcava todo o globo terrestre. O sistema é capitalista porque a acumulação incessante de capital organiza e subordina a sociedade mundial. Essa é a regra mais importante do sistema e se impõe a indivíduos, instituições e países, que são recompensados se a seguirem e punidos se a negarem. A China resistiu às tentativas anteriores e só foi incorporada na primeira metade do século XIX. Desde então, as relações da China com a economia-mundo parecem ter passado por três fases: 1840-1949: integração forçada, parcial e fragmentada; 1949-1978: integração mínima; 1978-presente: integração voluntária, total e irreversível.
Página dedicada ao Grupo de Pesquisa em Economia Política dos Sistemas-Mundo (GPESPM), sediado no Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina.